O Sopro de Vitalidade da Turma 1950, por Tito Costa 

 

Jovens Sexagenários

 

Transcrevemos o inspirado e oportuno texto do colega TITO COSTA (ex-Prefeito de São Bernardo do Campo e ex-Deputado Federal, Constituinte de 1988), publicado no jornal “FOLHA DO ABC”, de 11 de dezembro último:

São sexagenários não na idade cronológica, mas nos anos de colação de grau como bacharel pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Foi assim que a Turma de 1950 comemorou os sessenta anos de formatura em almoço festivo com o comparecimento de um punhado deles (a maioria já se transferiu para o Além), acompanhados de familiares e amigos. O fato aconteceu no dia 4 deste mês de dezembro, sábado, no Nacional Clube, tradicional casa de eventos de São Paulo, no bairro Pacaembu. Nem adianta querer escamotear a idade, pois nenhum deles está abaixo dos oitenta. Há até um nonagenário, o prof. José Cretella Jr., recentemente homenageado como Guerreiro da Educação, com o troféu que lhe foi oferecido pelo CIEE (Centro de Integração Escola-Empresa) e pelo Jornal O Estado de S. Paulo. Agnes Cretella, mulher do homenageado, também pertence à turma de 1950, presente ao evento. Do ABC contam-se três componentes desse glorioso time: Calixto Antonio, professor da Faculdade de Direito de São Bernardo, já falecido, o empresário e advogado Otto João Gustavo Bethke, e este escriba que lhes faz este relato. A Associação dos Antigos Alunos das Arcadas compareceu representada por seu presidente de honra, Flávio Flores da Cunha Bierrenbach, ex-ministro do TSM (Tribunal Superior Militar) que falou aos colegas em seu nome e no do presidente da entidade José Carlos Madia de Souza, ausente por motivo de doença. Lembrou Flávio que a velha Academia do Largo de São Francisco não tem ex-alunos: são sempre antigos alunos, pois que se desligam da Escola, esta não se afasta nunca de suas consciências e de sua permanente e efetiva ligação com as velhas Arcadas. A publicação mensal da Associação denominada Folha Dobrada (título inspirado na trova acadêmica “Quando se sente bater no peito heróica pancada, deixa-se a folha dobrada enquanto se vai morrer”…) inseriu em seu número 37, de novembro / 2010, expressiva nota sobre a Sexagenária Turma de 1950 com o sugestivo subtítulo “Um sopro de vitalidade”. Deixo registrado neste meu canto de página, com imensa emoção, essa conquista que a poucos foi dado celebrar. Entre esses poucos sobreviventes fico eu aguardando a hora inevitável em que terei de deixar a Folha Dobrada.