Ecos do jubileu da Turma de 1957

As festividades comemorativas do Jubileu de Ouro da Turma de 1957 alcançaram ponto de destaque na cerimônia do dia 22 de outubro, no Salão Nobre da nossa Faculdade de Direito.
Naquela memorável noite, calou fundo nos colegas da Turma de 1957 o discurso emocionado de Guilherme Quintanilha de Almeida, revivendo tantas recordações dos anos idos.
Com satisfação, temos o privilégio de poder reproduzi-lo, na íntegra, nas linhas abaixo.
Turma de 1957. Cláudio Gaêta fala no Jantar
Manifestação pronunciada pelo Dr. Cláudio Antônio Gaêta, por ocasião do jantar de comemoração, realizado em 23/10/2007, dos 50 anos de Formatura da Turma de 1957 da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Largo de São Francisco).
“Cinquenta anos. Como o tempo passa tão depressa! Parece que foi ontem!
Vejo, hoje, os mesmos rostos com os quais convivi em tempo tão saudoso, quão feliz; na expressão de cada um de vocês, sinto a alegria e dita de estar hoje e aqui, nesta reunião maravilhosa, na verdade uma dádiva, um retorno ao passado, sem que se abandone o presente.
É bem verdade que o tempo se encarregou de estampar, em todos nós, as inexoráveis marcas de seu transcorrer, mas não menos verdadeiro que, ao rever todos vocês, sou levado a transportar a minha mente aos saudosos idos acadêmicos.
Lá, então, livre desta autêntica máscara, que são os sinais provocados pelo tempo, não nos será difícil recordar a lida diária, sempre ornada pelos momentos felizes que, juntos, vivemos.
O vestibular, o trote, a peruada, as festas, as aulas, as palestras, os cursos, as reuniões, a formatura, as comemorações, tudo isso passa, a um só momento, pela nossa mente e faz com que sintamos a presença de todos, nisto incluídos aqueles que já deixaram o nosso convívio.
Sinto o coração de cada um deles, nesta atmosfera, pulsando com os nossos, sorrindo com a nossa união e espalhando alegria a quantos deles se lembrarem.
Sinto, entre nós, o regozijo pelo reencontro.
Sorte, azar, agouro, felicidade, vitórias, revezes, tudo isto enfim, além de tantas outras circunstâncias que compuseram o nosso universo, pois delas é feita a própria existência.
A nossa memória, porém, permanece, depois de tanto tempo, viva e presente, pois é ela o privilégio daqueles que, como vós, viveram intensamente e têm o que contar, e isto, apenas isto, já é suficiente para sermos felizes.
Temos um passado a ser respeitado, para servir de exemplo, quanto mais para ser recordado.
Meus caros colegas, a alegria de vê-los, hoje e aqui, é imensa e a saudade daqueles que se foram mantém a chama que alimenta nossas vidas. Afinal de contas, o que serão, para nós, diante da imensa satisfação que este convívio nos dá, 50 anos?
Meio século se passou, o tempo consumiu a imensidão dos anos vividos, mas, para nós, diante de tudo isto, hoje em dia, parece mesmo que foi ontem!”.