Quem passasse pela Capela de São Francisco no último dia 21 de novembro de 2003 teria certeza que algo especial estaria acontecendo ali dentro. Passavam alguns minutos da 6 da tarde quando o Frei Filipinho começou a emocionar os corações lembrando da missão do advogado no mundo de hoje e, principalmente, lembrando da importância do amor nestes dias tão conturbados. Era a turma Pinto Antunes, formada na São Francisco em 1973, que comemorava seus 30 anos de conclusão do curso. Era o início das comemorações dos 30 anos de formatura.

Missa na Capela São Francisco – 21.11.2003

Parte da Turma Pinto Antunes em 1973

O Des. Antonio Carlos Malheiros, falando em nome dos colegas durante a missa, lembrou um poema do mestre de todos Teotônio Negrão. Nesse poema, esse grande nome do Direito Civil Brasileiro dizia que é justamente nos momentos em que estamos mais felizes é que lembramos daquelas pessoas amadas que não estão mais conosco.

          O constitucionalista Dalmo Dallari foi o responsável pela aula magna no Salão Nobre da Faculdade do Largo de São Francisco. O mestre lembrou os tempos bicudos do final dos anos 60, quando a ditadura militar encurralou estudantes e professores dentro da Faculdade, achando que ali se encontrava um bando de revolucionários dispostos a acabar com a família brasileira. Dallari fez parte dessa resistência e garantiu a dignidade dos cursos de Direito.

Ao voltar para o prédio da Faculdade, todos lembraram com emoção os anos vividos ali dentro num dos melhores momentos de suas vidas.

          No sábado seguinte, foi à vez do jantar no Buffet França. Mais de duzentas pessoas dividiam as mesas num clima de alegria e descontração. Foram momentos emocionantes de se matar a saudade, ver o que cada um dos colegas anda fazendo em suas vidas e profissões. Com música ao vivo, todo mundo dançou, cantou, ouviu as trovas da Faculdade e num momento especial, ouviu o grande depoimento do mestre Goffredo da Silva Telles.

Confraternização no Restaurante Itamarati 21.11.2003

Confraternização no Restaurante Itamarati 21.11.2003

 O grande professor e teórico do Direito, com a sabedoria dos seus mais de 80 anos, surpreendeu mais uma vez pela inteligência e inovação. Ele deixou claro que o que aprendemos na Faculdade está, na verdade, em segundo plano. O que aprendemos de realmente importante nas Arcadas é a arte da convivência, de se dar bem, de se entregar para novos relacionamentos e para o conhecimento do ser humano. Foi aplaudido de pé e, de novo, a orquestra tocou muita música e todos voltaram a dançar, com saudades dos 30 anos passados e ainda com muita esperança no futuro.

Turma Prof. Pinto Antunes 1973 Diurno

Turma Prof. Pinto Antunes 1973 Noturno

Texto de: Luiz Carlos Amando de Barros – Turma 1973